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domingo, 16 de outubro de 2011

Santa Filomena



Filomena nasceu perto do Séc. III d.C., na Grécia, filha de pais ricos e poderosos, tal como aconteceu com muitas outras santas. Ao nascer, sendo filha única da nobre família, foi chamada de Lumena, uma alusão á luz divina que tinha se apoderado da família, que finalmente tinha dado uma menina ao casal, só no dia do batismo é que foi chamada de Filomena (Filha da Luz).
A vida correu normalmente como correria para qualquer criança, até chegar os seus treze anos, quando o pai de Filomena foi levado ao encontro do Imperador Romano Diocleciano, que desde logo ficou fascinado com a beleza da pequena menina, e pediu em troca da paz entre a Grécia e Roma, a mão de Filomena, esta ficou aterrorizada, pois tinha se casado com Deus e não com um Imperador, implorou a seus pais, que não entenderam pois não regiam na fé cristã, nem em valores divinos, apenas lhes interessava que a filha se tornasse uma Imperatriz e lhes desse a paz da Grécia, juntamente com fortuna.
Com muito custo ela foi entregue ao Imperador que por muitas tentativas tentava atrair a jovem Filomena, mas ela permanecia fiel a Deus e á sua fé. O tirano já exasperado e consumido por forças do baixo astral, ordena que prendam Filomena nas masmorras do palácio, em Roma. Durante 37 dias, Filomena era apenas solta das correntes para comer um pouco de pão e beber um pouco de água, por dia, e em seguida espancada por soldados e pelo próprio Imperador Diocleciano, mas todas as noites, anjos desciam dos céus e curavam todas as suas feridas, dando-lhe a aparência pura e saudável no dia seguinte, que irritava ainda mais o Imperador.
Três dias antes de ser libertada, Filomena foi testemunha de uma aparição de Jesus e Maria, esta lhe disse que ela iria ser solta, mas que a maior da batalhas ainda viria, mas que não temesse pois o Arcanjo Gabriel viria em seu auxilio, o que tornou a jovem Filomena, tão nova, consciente desde logo do seu destino de mártir.
O Imperador ao 37º dia, farto da insistência de Filomena ao negar o casamento, ordenou que a levassem para Praça pública, onde seria despida e acorrentada a uma coluna, lá foi flagelada e apedrejada, fazendo brotar sangue das suas feridas, ficando praticamente morta, o que deixou o Imperador mais feliz, deixando-a novamente nas masmorras, para que morresse de uma vez por todas.
Mas isso não aconteceu, tal como a Rainha dos Anjos tinha prometido, o Arcanjo Gabriel veio com outros anjos, em seu auxilio, e limpou as feridas com óleo de bálsamo, restaurando cada ferida, cada pedaço de pele, libertando-a de cada dor.
Quando disseram o acontecido a Diocleciano, este ficou completamente absorto, mas mesmo assim teve a audácia de levá-la perante todo o povo e dizer que a cura se tinha dado com a graça do deus Júpiter, um sinal que Filomena era na realidade a escolhida para ser a Imperatriz de Roma. A Santa discordou de tudo que ele disse, afirmando que o milagre se tinha dado com o poder de Deus e da sua fé, o Imperador ficou enraivecido e ordenou que amarrassem uma âncora ao seu pescoço e a lançassem ao rio Tibre, mas mais uma vez os anjos de Deus estavam a vigiar a Santa Filomena, que foram ao seu auxilio, no fundo do rio e cortaram a corda, e a levaram para a margem do rio, fazendo com que inúmeros expectadores se convertessem naquele momento ao Cristianismo.
Diocleciano disse a todo o povo que assistiu que aquilo tinha sido obra de magia, mas no seu interior sentia medo mas ao mesmo tempo ódio profundo por Filomena, por isso ordenou mais uma vez que fosse levada para as masmorras e desta vez fosse atacada por flechas de vários soldados que se divertiram a feri-la.
A Santa caiu num sono doce e profundo, mesmo que o seu corpo estivesse frio e completamente ferido, a sua alma estava aconchegada no calor de Deus.
Ao ao acordar completamente curada e sem qualquer dor, o Imperador já farto de Filomena, ordena que esta seja trespassada por flechas bem afiadas, que a pudessem ferir profundamente, mas no momento do massacre, as flechas negavam a ser lançadas, ficavam estáticas e nem o mais forte arqueiro conseguia lançar uma única flecha. Mas Diocleciano mesmo cheio de raiva não desistiu, ele mandou arder as pontas das flechas, para tentar acabar com o efeito da "magia", mas ao lançarem as flechas estas voltavam para trás ao encontro de quem a disparava, ferindo seis arqueiros, e os restantes converteram-se.
Sem qualquer solução já na sua cabeça, o Imperador Romano ordena que a sua cabeça seja cortada com um machado, e foi só nesse momento que a alma da Santa Filomena foi levada pelo Arcanjo Gabriel aos Céus, onde foi coroada com a ascensão.
Foi só em meados do século XIX que a Santa Filomena foi revelada ao Mundo, pela Madre Maria Luisa de Jesus, a "Serva de Deus", na cidade de Nápoles, em 1833, onde manteve um contacto directo com a Santa, que lhe revelou toda a história da sua vida no nosso planeta.
No dia 24 de Maio de 1802, numas escavações nas catacumbas de Roma, foi encontrada uma sepultura com três placas, onde se lia "LUMENA", "PAXTE" e "CUMFI", que se lendo conforme a altura romana, começando pelo meio, fim e inicio, seria PAX TECUM FILUMENA, ou seja "Paz esteja contigo Filomena".
Logo foi reconhecida pelo Vaticano e as suas relíquias também levadas para serem guardadas, inúmeros milagres foram reconhecidos por autoria da Santa, inclusive o corpo da mesma movia-se dentro da sepultura que foi feita no seu santuário, o seu sangue que estava em pó no seu corpo e que foi recolhido e tem a propriedade de reconhecer o bem do mal, muitas das vezes aparecerem pedras preciosas dentro dele quando reconhece uma boa pessoa, e quando acontece o contrário o sangue torna-se negro, como carvão.
A sua festa litúrgica é festejada no dia 11 de Agosto e considerada patrona dos jovens e dos estudantes.
Mais uma vida para conhecerem e tirarem o melhor dela para as vossas vidas, nem sempre a melhor arma é ceder mas sim mantermos-nos fieis aos nossos ideais, á nossa fé.



Jai Gurudev

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